Doença Celíaca
Esta doença pode aparecer em qualquer idade desde que o glúten já tenha sido incluído na alimentação. O habitual é surgir pelo segundo ou terceiro semestre da vida (entre os 6 e os 20 meses de idade), alguns meses depois da introdução das farinhas na alimentação (papas, pão, bolachas, etc.). A criança começa a perder o apetite, deixa de aumentar de peso, torna-se triste e irritável, as dejecções começam a ser mais frequentes, moles e volumosas (diarreia) e o abdómen (a "barriga") torna-se mais saliente e distendido.
Se o diagnóstico não for feito e a dieta instituída, a situação vai-se agravando e a criança atinge por vezes, estados de malnutrição muito grave. Num pequeno número de casos os sintomas são diferentes: às vezes aparecem apenas vómitos de repetição, dores abdominais de intensidade variável, prisão de ventre ou apenas um atraso de crescimento sem explicação aparente.
Se o diagnóstico não for feito e a dieta instituída, a situação vai-se agravando e a criança atinge por vezes, estados de malnutrição muito grave. Num pequeno número de casos os sintomas são diferentes: às vezes aparecem apenas vómitos de repetição, dores abdominais de intensidade variável, prisão de ventre ou apenas um atraso de crescimento sem explicação aparente.
São situações que só um médico experimentado associa à doença celíaca e que podem levar muito tempo para serem diagnosticadas. Por razões que desconhecemos, as manifestações da doença são geralmente mais intensas nos primeiros anos de vida e tendem depois a diminuir de intensidade. Assim, na criança mais velha e no adolescente, as falhas na dieta não levam muitas vezes à diarreia e o doente continua a sentir-se bem. Este facto pode levar, como já vimos, ao abandono do tratamento.
Infelizmente, a doença celíaca não tem cura pelo que a reintrodução do glúten na alimentação determinará mais tarde ou mais cedo o reaparecimento de alguns sintomas: anemia, aumento discreto do volume do abdómen, baixa no rendimento escolar, paragem do crescimento, ausência ou perturbações da menstruação e, no adulto, baixa de fertilidade ou mesmo esterilidade. Deve, portanto, acentuar-se que uma vez estabelecido com segurança o diagnóstico, A DIETA TERÁ DE SER CUMPRIDA DURANTE TODA A VIDA.
O que ainda não está perfeitamente esclarecido é a razão pela qual só algumas pessoas são intolerantes ao glúten e desenvolvem a doença. É natural que intervenham aqui factores relacionados com a alimentação do indivíduo, o que poderá de alguma forma justificar a inexistência desta patologia nos países do oriente onde a base alimentar não é o trigo.
Hoje, porém, não restam dúvidas de que existe uma predisposição hereditário claramente transmitida, pois as famílias de celíacos contam com um número de doentes francamente superior ao que seria de esperar na população em geral. Os estudos efectuados permitiram calcular ser cerca de 10 vezes maior o risco de reaparecimento da doença após o primeiro caso num dos pais ou irmãos. Quando a doença existe em parentes afastados, este risco é muito mais pequeno. Será provavelmente da conjunção destes dois tipos de factores que resulta o terreno favorável para o aparecimento da doença. Esta parece corresponder a uma perturbação do sistema de defesas do organismo que, em consequência disso, reagiria de forma anormal ao glúten alimentar provocando assim as alterações da mucosa intestinal e, em última análise, o aparecimento dos sintomas.
Associação Portuguesa dos Celíacos
Jogo Didáctico
Agora, para melhor compreenderes o que aqui explicámos, sugerimos um jogo cujo objectivo é, sem veres a composição destes alimentos, tentares descobrir quais os que não têm glúten e que um indivíduo portador desta limitação poderia comer sem problemas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5PalHScGx_yV776At0o0yE3ZTMaAXLg5UGzzLdUwLB26RAJt7KMTnOq85lEu29wTBxhAyE4dA7-gYRwpuGBQTD8gi1EeY5DKGqQcj8TNM_8CHsKkMgpv8Fw_2QTz03OFBvUF1crQHf3Mi/s400/plll.jpg)
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